Caroço de algodão
Após colhido o algodão (capulho), ocorre o beneficiamento das fibras, separando-as do caroço. Essa semente oleaginosa, de elevado teor de óleo e envolvida pelo “linter” (fibra curta de algodão), apresenta-se com 89% de Matéria Seca em média. É uma importante fonte de proteína, fibras e energia, na composição das dietas de gado de corte e de leite.
Sendo uma semente de alta digestibilidade, seu limite de inclusão na dieta de vacas leiteiras, pode variar de 2-4 kg de MS/vaca/dia (Hopkins e Whitlow, Hoard’s Dairyman 2003). Os limites de inclusão estão relacionados ao seu elevado teor de gordura (18-20% da MS) e ao uso de outros alimentos ricos em gordura na dieta.
O caroço de algodão substitui bem forragens na dieta. A efetividade da fibra do caroço de algodão (capacidade de promover mastigação e manutenção da gordura do leite) é similar a de forragens (Armentano e Clark, Hoard’s Dairyman). O caroço de algodão com “linter” pode substituir de 25% a 35% da matéria seca da forragem da dieta.
A toxicidade por gossipol ou os efeitos subclínicos adversos dessa substância sobre a reprodução não deve ser uma preocupação quando produtos originados do algodão (farelo ou caroço de algodão) não ultrapassam 15% da MS da dieta. Na estocagem do caroço do algodão deve-se evitar a presença de umidade, já que esta favorece a contaminação por fungos e conseqüente produção de aflatoxinas prejudiciais à saúde animal.
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Informações Técnicas
Após colhido o algodão (capulho), ocorre o beneficiamento das fibras, separando-as do caroço. Essa semente oleaginosa, de elevado teor de óleo e envolvida pelo “linter” (fibra curta de algodão), apresenta-se com 89% de Matéria Seca em média.